terça-feira, 16 de outubro de 2007


Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,como um cego.

Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,a sangue e fogo.
Pablo Neruda

3 comentários:

FM disse...

Independentemente do conteúdo e da sua qualidade, confesso que prefiro os teus textos...

tecas disse...

obrigado pelo voto de confiança..
mas de modo nenhum me quero comparar aos que aqui apresento...
são apenas maneiras de partilhar um pouco os meus gostos...
por outro lado, há alturas em que as palavras dos outros descrevem tão bem o que sentimos, que para quê escrever nossas?
essas pessoas têm o dom de escrever o que nos vai na alma...

FM disse...

Fazes bem... Eu é que prefiro sempre os originais, principalmente quando conheço as pessoas... só isso. Respeito-os a (quase) todos.