segunda-feira, 29 de outubro de 2007

sentia-me só. depois de umas quantas voltas procurando alguma coisa que me fizesse libertar desta solidão, tirei-te da prateleira...

nunca me desiludes, sempre me acompanhas quando preciso de amigos novos, de uma história que me faça esquecer a minha história... diferentes caminhos, imagens, sentimentos...

esqueço-me totalmente de mim, inebriada pelo teu poder, que me tenta, de cada vez que te percorro com dedos trémulos de excitação, virando página após página de tanta gente, de tantas vidas...
perco-me nas tuas palavras, consciente de que fui apanhada num sonho que não é o meu mas que partilho sem tardar, deixando para trás a realidade como a conheço...
passam minutos, semanas, anos de momentos vividos por outros... e horas de mim própria que demoradamente me retêm nas tuas linhas...

tudo pára! como que um sonho sustentado por magia...
e o telefone toca,
arranca-me desta inércia que não permiti, mas que me acompanha de cada vez que te tiro da prateleira...

1 comentário:

FM disse...

A inércia tem realmente poderes incalculáveis... e geralmente com maus resultados.
Contra a inércia, lutar lutar... (sorriso)
Quem está triste, tu ou o teclado?
Quem está decepcionado, tu ou o teclado?
Ok, fico-me pela impressão.